Florence Welch com a locutora Christine da rádio americana 94/7 FM (Reprodução da internet)
A rádio americana 94/7 FM liberou mais alguns trechos da entrevista com a Florence em uma matéria com o título “Três coisas que você precisa saber sobre o High as Hope”, que são as seguintes:
1) É um álbum profundamente pessoal, porém mais tranquilo
Florence: Quando você está mais afastada do que te causou dor ou vergonha, às vezes você consegue expressar e colocar para fora o que você não conseguia fazer antes porque estava muito próxima daquilo. É, eu acho que é um álbum mais pessoal, mas tem uma paz nele de alguma forma.
2) As canções da Florence são muito diferentes dos poemas que ela escreve
Florence: Poemas são estranhos. Eu achava que não conseguia escrever poemas porque não sabia qual era a minha voz poética. Porque quando você está compondo uma canção, ela é um personagem grandioso, com grandes ideias e sabe das coisas. E quando você compõe, também pode transformar as coisas mais mundanas em algo extraordinário, um coro de anjos. Sabe, literalmente tem a frase “kitchen sink” (“pia da cozinha”) em Dog Days. Eu não sei por que está lá, não sei por que compus isso, não faz o menor sentido. (risos) Mas tem algo em cantar que transforma qualquer coisa em um altar. Tem um poema interessante [escrito por mim] que é basicamente uma lista de coisas que não entrariam em uma canção porque são esquisitas demais pra isso (risos).
Christine: Como o quê? O que é esquisito demais pra Florence?
Florence: Ah, como a vez em que eu fui expulsa da [loja de departamento inglesa] Top Shop porque estava bebendo vinho rosé no provador. Não cabe em uma canção, acho que não flui bem. É uma lista de coisas dess tipo, que é basicamente uma lista de coisas embaraçosas ou das besteiras que fiz.
3) O álbum quase teve outro título
Florence: Quando voltei à Nova York para mixar o álbum, eu fiquei no Brooklyn e via o horizonte da cidade além da ponte, o que inspirou a escrever o poema New York Poem (for Polly), com o verso “ever reaching high as hope” (“sobem tão alto quanto a esperança”) e decidi batizar o álbum assim. Eu ia chamar de The End of Love (“O Fim do Amor”) porque para mim significa lidar com o amor de outra forma, não no sentido romântico e sim o fim do amor que vem da falta ou da necessidade. Mas eu achei que era muito negativo, então quando escrevi esse poema, pensei: “talvez seja isso.”
Leia a matéria original e veja um vídeo com trechos da entrevista aqui.