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Leia o que Florence disse sobre o 'High as Hope' para a rádio BBC 6


Na campanha para promover seu quarto álbum High as Hope, que sai na sexta, dia 29 de junho, Florence se apresentou e deu uma breve entrevista ao radialista Steve Lamacq na BBC 6. Ela cantou versões acústicas de Hunger e Sky Full of Song e relemembrou Between Two Lungs, do primeiro álbum, Lungs. O programa vai ficar disponível por 29 dias aqui. Vale a pena ouvir!

O fã-clube inglês colocou as versões acústicas no YouTube: Hunger, Sky Full of Song e Between Two Lungs.

Abaixo da imagem estão alguns trechos da entrevista. Todos os direitos da tradução estão reservados e trechos dela podem ser citados, desde que seja dado o devido crédito ao Site Florence Brasil.

Florence promoveu o álbum High as Hope na rádio BBC 6 hoje

Steve Lamacq começou comentando esta antiga apresentação no SXSW, em que Florence mergulhou em uma espécie de banheira/chafariz e saiu por baixo do palco porque estava completamente ensopada.

Sobre as apresentações ao vivo, ela explica: “Você se perde completamente na performance. É o momento de não pensar, apenas ser e fazer. Então às vezes eu não estou realmente no controle do que acontece.”

Sobre a fase atual: “Tem menos glitter e menos vodca, não sei se isso é bom ou ruim. Este álbum parece o Lungs com 10 anos de experiência. Não teve pressão. Eu tenho uma obra sólida, acho. Então repeti a sensação de ‘Não tenho a menor ideia do que estou fazendo, não estou nem aí’ do Lungs, mas com conhecimento para dizer: ‘Isso está Florence demais, tira esse coral.’”

“Quando eu tinha 16 anos havia um pub com festas perto da minha casa, que me apresentou a artistas que nunca ouvi antes, como Joy Division, Kate Bush, Martha and the Vandellas Eu conheci White Stripes e The Libertines muito tarde porque estava nessa cena que também tinha música ao vivo.”

Ela confirma que gravou o álbum no 123 Studios com o engenheiro Brett Shaw. “Não era um estúdio muito equipado. Tem algo que me intimida muito em ir para um estúdio grande e cheio de equipamentos, eu não sei o que fazer.”

Florence contou como foi a gravação de Big God: “Boa parte da percussão em Big God é de chaveiros, tesouras, o que estava por perto. O som foi tirado da lateral da bateria. É uma questão mais de feeling do que de equipamentos.”

O jornalista Steve Lamacq perguntou se ela faz segredo com as demos ou mostra para todo mundo. Florence respondeu: "Eu sou suuper reservada com minhas demos, não saio mostrando por aí. E fico me enganando dizendo que vou fazer a música, mas não vou lançar. E aí acabo lançando."

Sobre a autoanálise que levou ao High as Hope: “Você fica mais aberta à pergunta em si. E o problema não é a outra pessoa. Não é o sucesso ou a bebida que vão me fazer sentir melhor. Eu ainda não descobri o que é.”

“O How Big, How Blue, How Beautiful foi um grito de ‘É você, é você! Definitivamente é você!’ enquanto o High as Hope é mais ‘Pode ser eu!’ mas não descobri ainda, não tenho respostas. Contudo, há uma paz e uma clareza de que não vai ser outra pessoa que vai resolver, eu vou ter que resolver sozinha.”

“A solidão estranhamente conecta as pessoas porque todos se sentem assim. Então eu penso nessa solidão e confusão que permanecem ao longo da minha vida e questiono de onde elas vêm. Talvez haja uma paz em saber que elas fazem parte da condição humana e pode haver um alivio em simplesmente admitir isso.”

“O álbum olha para o amor de modo diferente do que já fiz. É uma nova forma de vivenciá-lo porque eu mudei a forma de pensar o que é amor. Não é mais aquele sentimento desesperado. Eu entendi que o amor não precisa ser caótico, pode ser pacifico. Você pode se apaixonar sem os altos e baixos e o drama. É um amor que não vem de uma carência desesperada.”

“Eu me dei conta que é disso que as pessoas falam, do dia a dia do amor, de um amor que pode ser sustentável. E eu pensava ‘Mas cadê o coro? Cadê o refrão?’ Só que não tem refrão, não tem drama. Eu ia chamar o álbum de The End of Love, mas pareceu muito negativo, eu ia ter que me explicar demais.”


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