Depois do pequeno texto sobre Dance Fever, o novo álbum da Florence + the Machine, publicado pelo site da loja HMV que a gente traduziu lá no Twitter, outro estabelecimento online, a loja Horizons Music, divulgou o que parece ser o press release completo do quinto álbum da banda, que expande o conteúdo do texto anterior. Agradecemos ao seguidor @myuniversevinyl no Twitter por ter enviado esse link. Logo após a imagem, confira nossa tradução exclusiva do comunicado que explica um pouco o conceito e as inspirações por trás do projeto.
Imagem de Autumn de Wilde, via Florence Gallery
Florence + the Machine conta detalhes do seu quinto álbum do estúdio, 'Dance Fever', que será lançado no dia 13 de maio via Polydor Records. O anúncio vem com o novo single 'My Love', que estreia com um clipe da aclamada diretora Autumn de Wilde.
Dance Fever foi gravado majoritariamente em Londres ao longo da pandemia, aguardando a reabertura do mundo e invoca tudo o que Florence mais sentiu falta durante o lockdown: boates, dançar em festivais, estar envolvida em movimento e na união, além da esperança dos próximos eventos desse tipo. É o álbum que traz de volta o melhor da Florence: a Boudicca que lidera festivais, brandindo hinos como se fossem uma espada flamejante.
Um pouco antes da pandemia, Florence ficou fascinada pela coreomania, um fenômeno do Renascimento no qual grupos de pessoas, que podiam chegar a milhares, dançavam loucamente até à exaustão, colapso e morte. Após passar mais de dez anos fazendo turnês pelo mundo sem parar, ela se identificou com a ideia. E no lockdown, tudo isso pareceu estranhamente presciente.
A imagem e o conceito da dança e da coreomania foram cruciais para que Florence unisse as próprias expêriencias com a dança (à qual ela recorreu no início do procsso de sobriedade) aos elementos folclóricos desse pânico moral no estilo da Idade Média. Naquele momento de torpor e confinamento, a dança oferecia propulsão, energia e um jeito de olhar para a música coreograficamente.
Como sempre, munida de um caderno de poemas e ideias, Florence tinha acabado de chegar a Nova York em março de 2020 para começar a gravar o álbum com Jack Antonoff quando a covid-19 a obrigou a voltar para Londres. O isolamento fez as canções se transformarem, com alusões à dance music, ao folk e ao som do Iggy Pop dos anos 70 em faixas que ansiavam pela estrada à moda de Lucinda Williams, Emmylou Harris e outros nomes.
Na volta a Londres, My Love foi uma faixa que se transformou completamente com a ajuda de Dave Bayley, do Glass Animals. Welch tinha composto a música na cozinha de casa como um “poeminha triste”, e quando a gravou em versão acústica o resultado não ficou bom. Então Bayley sugeriu usar sintetizadores e expandiu a música com uma energia de encher a pista de dança, acrescentando um ritmo que bate no peito de quem ouve.
Com o amor de Dave pelos sintetizadores e o fascínio de Florence por tudo o que é gótico e assustador, começou a surgir e moldar o álbum um som que pode ser definido como “Nick Cave na boate”. Nas letras, ela se inspirou nas heroínas trágicas da arte pré-rafaelita, na ficcção gótica de Carmen Maria Machado e Julia Armfield, e na onda visceral de filmes de terror folclórico que vão de O Homem de Palha e A Bruxa até Midsommar: O Mal Não Espera a Noite.
Dance Fever mostra Florence no auge de seus poderes, encontrando o autoconhecimento que tanto buscou, divertindo-se com a própria persona e brincando com as ideias de identidade, masculino e feminino. É um álbum redentor e festivo, com o qual ela assume seu lugar no panteão dos ícones.
My Love é o terceiro single lançado, depois de King e Heaven is Here. Todas as músicas têm vídeos dirigidos por Autumn de Wilde e coreografados por Ryan Heffington.
Dance Fever foi produzido por Florence Welch, Jack Antonoff e Dave Bayley.
Todos os direitos desta tradução estão reservados para o Site Florence Brasil.
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